Os contínuos ataques dos rebeldes Houthi no Mar Vermelho têm perturbado significativamente o comércio marítimo, levando as empresas de transporte a suspender ou a redirecionar as suas rotas do Canal do Suez. A alteração das rotas conduz a custos de transporte mais elevados e prazos de entrega mais longos, gerando um aumento nos preços dos bens transportados, justamente numa altura em que começamos a observar uma desaceleração das pressões inflacionistas.

Os ataques dos rebeldes, impulsionados por tensões geopolíticas e destinados a pressionar Israel, já provocaram um aumento de 8% do preço do petróleo. Aproximadamente 12% do comércio marítimo mundial passa pelo Canal de Suez, como tal, este novo constrangimento representa um risco considerável para a economia internacional. A situação levanta novamente fricções nas cadeias de abastecimento, tal como o período vivido durante a pandemia, acrescentando uma camada de complexidade ao comércio global.

O encerramento do Mar Vermelho poderá afetar os preços da energia, especialmente para os consumidores europeus, já que cerca de 20% do tráfego no Canal de Suez consiste no transporte de crude. Nos próximos dias deveremos assistir à formação de uma força naval, liderada pelos Estados Unidos, com o objetivo de normalizar as rotas marítimas e assegurar a segurança das pessoas e mercadorias.

 

Fonte: Visual Capitalist /Bloomberg / DWM

Autor: Direção de Wealth Management (DWM)