Ao longo de 2023 o Conselho de Administração – tendo presente, tanto as limitações financeiras e operacionais que têm condicionado a atividade do Banco, como o desejo do Acionista maioritário de proceder à sua alienação – prosseguiu o esforço dirigido à sua reorganização, com um objetivo central: responder às exigências do quadro prudencial e regulatório, de modo a construir uma base sólida sobre a qual seja possível relançar no futuro a atividade do Banco. Neste sentido e para além das melhorias introduzidas em matérias como o controlo interno, o sistema de gestão de riscos e de transformação digital, o Banco manteve um perfil de negócio conservador, assente numa atividade comercial centrada em crédito a PME, na angariação de depósitos de particulares no plano doméstico e europeu, na gestão de tesouraria e carteira própria e no “wealth management”. O pilar da melhoria da qualidade do balanço concluiu-se substancialmente em 2022, com a resolução dos principais NPL em carteira, subsistindo apenas alguns imóveis entretanto colocados no mercado. Em paralelo, a Fundação Oriente – Acionista de referência do Banco – lançou um processo de seleção de candidatos interessados na aquisição da maioria do capital do BPG. Processo que culminou na assinatura de um “sale & purchase agreement” (SPA) tendo como contraparte uma entidade financeira especializada e cotada na bolsa de Hong-Kong. Todo o Banco e, em particular, a sua Comissão Executiva, estiveram, ao longo de 2023, intensamente envolvidos no processo de “due diligence”, desenvolvido com a participação de Consultores Externos especializados, contratados pelos potenciais compradores e a quem as equipas da instituição deram todo o apoio. Este processo foi finalizado com sucesso, tendo os potenciais compradores enviado um “Dossier” com toda a informação necessária ao Banco de Portugal, aguardando-se agora uma decisão do Regulador, mantendo-se a expectativa de que a operação de alienação possa ser concluída no futuro imediato.
Para além disso, merecem particular destaque, em 2023:
- O avanço do projeto de modernização tecnológica do Banco, em particular a introdução do “onboarding” digital, que criou condições organizativas e tecnológicas que permitiram a angariação de 300 novos depositantes no mercado doméstico.
Evolução de importância crítica, na medida em que contribuiu para a redução da concentração de depósitos em plataformas digitais, questão para que o Regulador vinha a chamar a atenção de forma muito insistente;
- O reforço da carteira própria de obrigações e de papel comercial, permitindo compensar o decréscimo das carteiras de crédito doméstico e a SME europeias, angariado através de plataformas de intermediação e colocado, entretanto, em run off;
- A recuperação de valor da carteira própria, traduzida em “other comprehensive income”, confirmando a boa aposta do Banco ao ter decidido a sua conservação, apesar dos riscos de perdas potenciais decorrentes da instabilidade dos mercados financeiros, provocada, primeiro pelo choque pandémico e depois pela guerra na Ucrânia;
- O avanço dos trabalhos preparatórios para o lançamento do bpg investor - o braço de wealth management do Banco – instrumento de importância fundamental para o lançamento de uma nova linha de negócio do Banco;
- A contínua melhoria do sistema de governo e dos mecanismos de controlo interno, evolução que permitiu uma redução significativa do número de deficiências de controlo consideradas como de risco elevado;
- É ainda de assinalar ter sido possível assegurar resiliência do sistema de gestão de risco do Banco apesar da saída de elementos-chave da equipa, entretanto substituídos ou em fase de substituição.
Por último, reveste-se de interesse sublinhar que - enquanto se aguarda uma decisão das Autoridades de Regulação, em relação à alienação da maioria do capital do Banco - a orientação da Acão de negócio continuará a pautar-se por uma atitude de conservadorismo e de moderação do seu “risk appetite”. Apesar disso, perspetiva-se para 2025/26 um crescimento de balanço, naturalmente em linha com as disponibilidades previstas de capital.
A conclusão da operação de alienação, a verificar-se como é expectativa, permitirá o relançamento do Banco de acordo com o Plano de Negócios que vier a ser implementado pelos novos Acionistas.
O Presidente do Conselho de Administração,
João Costa Pinto
Desde há mais de 20 anos que aqui estamos, mas agora Estamos Ligados.
Visão
Um Banco que se posiciona como uma alternativa de valor para as Pessoas, Empresas e Instituições, desenvolvendo soluções simples e inovadoras e atuando no mercado como uma instituição credível e reconhecida pela agilidade, capacidade de resposta e eficiência operacional na disponibilização de produtos e serviços financeiros.Missão
Servir as Pessoas, Empresas e Instituições que contribuam ativamente para a promoção do empreendedorismo, do crescimento económico, do desenvolvimento social, da prosperidade e do bem-estar, através das soluções adequadas ao desenvolvimento dos seus projetos e à gestão do seu futuro financeiro.Valores
Inovação e tecnologia com um rosto humano, síntese de um trabalho de equipa, desenvolvido numa cultura de rigor, transparência, ética e profissionalismo.
O Banco Português de Gestão é uma instituição de crédito registada junto do Banco de Portugal com o n.º 0064 e intermediário financeiro registado na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários com o n.º 286.
O capital social do BPG é de 111.529.999,67 Euros representado por 227.600.533 ações nominativas, encontrando-se integralmente realizado.
A estrutura acionista do BPG é a seguinte:
O capital social do BPG é de 111.529.999,67 Euros representado por 227.600.533 ações nominativas, encontrando-se integralmente realizado.
A estrutura acionista do BPG é a seguinte:
Acionista | Nº de Ações | % |
---|---|---|
Fundação Oriente | 224.741.221 | 98,74% |
STDP, SGPS SA | 1.232.413 | 0,54% |
Fundação Stanley Ho | 263.894 | 0,12% |
Outros Acionistas | 1.363.005 | 0,60% |
Total | 227.600.533 | 100,00% |
Órgãos Sociais
Mesa da Assembleia Geral
Presidente: | Vitalino José Ferreira Prova Canas |
Vice-Presidente: | Maria Luísa Dias da Silva Santos |
Primeiro Secretário: | Carlos Alberto Cardoso Rodrigues Beja |
Segundo Secretário: | Pedro Brito e Abreu Krupenski |
Conselho de Administração
Presidente: | João António Morais da Costa Pinto |
Vice-Presidente: | Mário José Brandão Ferreira |
Vogais: | Guilherme Manuel Soares Bernardo Vaz |
Luís António Gomes Moreno | |
Carlos Eduardo Pais e Jorge | |
David Alberto Morais Sousa Ribeiro | |
Miguel Salgado Valadão do Vale |
Comissão Executiva
Presidente: | Carlos Eduardo Pais e Jorge |
Vogais: | David Alberto Morais Sousa Ribeiro |
Miguel Salgado Valadão do Vale |
Órgãos de Fiscalização
Conselho Fiscal
Presidente: | Ernesto Jorge de Macedo Lopes Ferreira |
Membros efectivos: | Mário José de Matos Valadas |
Pedro Casalinho Marques |
Revisor Oficial de Contas
PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda., representada por Cláudia Sofia Parente Gonçalves da Palma, inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº 1853 e inscrita na CMVM com o nº 20180003 [4] ou José Manuel Henriques Bernardo, inscrito na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº 903 e inscrito na CMVM com o nº 20160522.
Conselho de Estratégia
Presidente: | Carlos Augusto Pulido Valente Monjardino |
Vogais: | Emanuel Jorge Marques dos Santos |
Francisco Luís Murteira Nabo |
Direções, Funções de Controlo e Secretaria-geral
Diretores
Direção Comercial: | António Simões Pinheiro |
Direção de Mercados Financeiros: | João Folque |
Direção de Organização e Capital Humano: | Tiago Sequeira |
Direção de Serviços Jurídicos: | Maria Amália Almeida |
Direção de Sistemas de Informação: | Maria Alexandra Antunes |
Responsáveis pelas Funções de Controlo
Função de Auditoria Interna: | Gabriel Magalhães |
Função de Compliance: | Ricardo Rabaça |
Função de Gestão de Riscos: | Ricardo Vaz |
Secretário-geral
Secretário-geral: | Tiago Borges de Sousa |
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