Esta semana apresentamos o indicador Buffett. Esta é uma métrica frequentemente utilizada para aferir a valorização do mercado acionista de um país em relação ao desempenho do seu PIB. Isto é, procura identificar se as ações estão sobrevalorizadas ou subvalorizadas face ao produto de uma economia. Por exemplo, quando o mercado acionista cresce a um ritmo superior ao da economia, existe o risco de estarmos perante uma possível bolha especulativa.

 

Atualmente o indicador está próximo do seu máximo histórico, registado em 2021. No ano seguinte observou-se uma correção significativa dos mercados acionistas globais. No entanto, o indicador não deve ser interpretado como uma ferramenta para investimentos de curto prazo ou "momentum", mas sim como um instrumento valioso para uma abordagem de longo prazo. Desta forma, mesmo estando perto do seu máximo histórico, tal não implica uma queda iminente do mercado acionista nos próximos meses.

 

Os principais críticos desta métrica referem que esta apenas considera o valor do mercado de ações, sem ter em conta as restantes classes de ativos, nomeadamente os títulos de renda fixa. Quando as taxas de juro estão elevadas e as obrigações oferecem retornos mais atrativos, os investidores tendem a canalizar uma parte significativa do seu capital para o mercado obrigacionista em detrimento do mercado acionista. Esta situação conduz a uma diminuição da procura por ações e consequentemente a uma queda dos preços destes ativos.



Fonte: Bloomberg/ DWM

Autor: Direção de Wealth Management (DWM)