Ao longo de 2024, tem-se observado uma acentuada queda nas yields das obrigações soberanas chinesas, tendência que ganhou maior força nas últimas semanas. Pela primeira vez desde a crise financeira global de 2007-2008, a yield das obrigações a 1 ano recuou para abaixo de 1%, enquanto a yield das obrigações a 10 anos atingiu um mínimo histórico próximo de 1,73%.

Este movimento reflete um conjunto de fatores adversos, incluindo os receios de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, o abrandamento da atividade económica na China e os riscos associados à crise imobiliária que persiste no país. Como resultado, os investidores têm procurado refúgio nas obrigações soberanas chinesas, enquanto aumentam as expectativas de novos estímulos monetários por parte das autoridades.

 

A continuidade desta pressão sobre as yields dependerá da evolução da economia chinesa e da conjuntura geopolítica. Sem sinais claros de recuperação económica ou alívio nas tensões externas, é provável que os investidores mantenham uma postura cautelosa, reforçando a procura por ativos de menor risco, como as obrigações soberanas.