Esta semana analisamos a relação entre o envelhecimento demográfico e o desempenho económico em três grandes economias: EUA, China e Itália.

No primeiro gráfico observamos a evolução da percentagem da população com mais de 65 anos entre 2018 e 2024. Itália lidera por uma grande margem, com uma população sénior (mais de 65 anos) superior a 24%, reforçando o seu estatuto como uma das sociedades mais envelhecidas do mundo. Os EUA seguem com cerca de 18%, enquanto a China, embora ainda abaixo dos 16%, regista uma subida acelerada, refletindo o impacto de políticas demográficas passadas, como o filho único.

Já o segundo gráfico mostra a evolução do PIB nominal nos mesmos países. Aqui, vemos que os EUA continuam a crescer de forma mais robusta, com um PIB muito superior ao dos restantes, enquanto a China mantém uma trajetória ascendente, embora com sinais de abrandamento. Itália, por outro lado, permanece estagnada, refletindo os desafios económicos de uma sociedade envelhecida com baixa produtividade.

A leitura é clara: quanto mais envelhecida é uma economia, maior a pressão sobre o crescimento. Um rácio elevado de idosos significa mais gastos com pensões e saúde, menor força de trabalho e, consequentemente, menos dinamismo económico. Este cenário levanta questões sobre a sustentabilidade fiscal e competitividade futura.

Para investidores e decisores políticos, a mensagem é dupla: por um lado, o envelhecimento cria oportunidades na “silver economy” (saúde, cuidados, tecnologia), por outro, reforça a importância de políticas que aumentem a produtividade e atraiam imigração qualificada para equilibrar a pirâmide etária.



 Fonte: Statista

Autor: Direção de Wealth Management (DWM)