As empresas norte-americanas anunciaram 153 mil cortes de postos de trabalho no mês de outubro, o maior aumento desde outubro de 2003. No acumulado do ano, os anúncios de despedimentos situam-se já em 1 milhão de trabalhadores, o valor mais elevado desde 2020. Por sua vez, os planos de contratação permanecem em níveis historicamente baixos, limitando a incorporação dos trabalhadores dispensados. Observa-se igualmente um maior recurso ao trabalho temporário, um sinal de maior prudência face à incerteza económica.

 

A crescente adoção de inteligência artificial tem sido apontada como um dos principais fatores por detrás da atual redução da força de trabalho, ao introduzir processos de automação, reduzindo assim a necessidade de determinadas funções. Perante esta alteração estrutural no mercado laboral, a questão central passa por perceber se as políticas fiscais e monetárias “tradicionais”, implementadas por governos e bancos centrais, continuarão a produzir os efeitos desejados ou se estas instituições terão também de se adaptar a esta nova realidade.



Fonte: Challenger, Gray & Christmas, Bloomberg.

Autor: Direção de Wealth Management (DWM)