No gráfico desta semana destacamos as principais preocupações dos cidadãos europeus que continuam a centrarem-se em fatores de natureza económica e geopolítica.

O custo de vida lidera a lista, mencionado por 31% dos inquiridos, refletindo a persistência das pressões inflacionistas e a perda do poder de compra. Em segundo lugar, surge a situação económica (20%), que confirma que a perceção de fragilidade macroeconómica permanece elevada. Este dado é particularmente relevante para o BCE, dado que traduz uma confiança ainda limitada na recuperação sustentada do crescimento no espaço europeu.

 

As preocupações com a segurança e defesa (15%) e imigração (14%) ganham expressão num contexto de instabilidade geopolítica prolongada e de tensões fronteiriças. A situação internacional (14%) e a guerra na Ucrânia (11%) mantêm-se como fatores de risco que podem continuar a influenciar a política fiscal e os fluxos orçamentais destinados por exemplo à defesa.

Por sua vez, os temas estruturais como a habitação (12%), dívida pública e saúde (11%) indicam que as pressões internas sobre os orçamentos nacionais permanecem elevadas, limitando a margem de manobra para políticas públicas expansionistas. Em simultâneo, a menor relevância atribuída ao desemprego (8%) e educação (7%) sugere uma perceção de estabilidade relativa no mercado de trabalho, ainda que com riscos de desaceleração em determinados setores.

O panorama observado pelo Eurobarómetro confirma um misto de preocupações que continuará a moldar as expectativas de crescimento e a dinâmica dos mercados europeus, num enquadramento de maior prudência e seletividade por parte dos investidores.



Fonte: Eurobarometer survey report/ Bloomberg

Autor: Direção de Wealth Management (DWM)