Contrariamente aos países do Ocidente, a China tem registado níveis de inflação cada vez mais baixos, tendo os dados referentes ao mês de junho revelado até uma variação nula dos preços. Na última década, apenas foram observados níveis de inflação tão baixos na China durante o pico da crise pandémica no país. 

A esperança colocada na reabertura da economia chinesa como impulso da economia mundial tem-se desvanecido devido à falta de confiança dos consumidores chineses, assim como pelos seus dados económicos mais recentes. O crescimento anual do PIB da segunda maior economia do mundo tem recuperado, mas mantém-se abaixo das previsões dos analistas. No segundo semestre deste ano apontava-se para um crescimento do PIB anual na ordem dos 7,3%, mas a economia chinesa apenas registou um crescimento homólogo de 6,3%. 

As exportações também têm recuado significativamente e não se espera uma recuperação das mesmas num futuro próximo, tendo em conta a queda na procura global provocada pelo aumento das taxas de juro no Ocidente. Face ao exposto, as autoridades chinesas têm tomado algumas medidas para incentivar o consumo e o acesso ao crédito pelo que, possivelmente, poderemos estar perto de assistir a uma nova redução das taxas de juro de referência por parte do Banco Popular da China.  


Fonte: Bloomberg 

Autor: Departamento de Gestão de Ativos (DGA)