O gráfico que apresentamos esta semana indica-nos que as falências de empresas na União Europeia (UE) têm vindo a subir significativamente. Não assistíamos a estes valores desde 2015. Felizmente, a criação de novas empresas continua resiliente, o que atenua o efeito dos empregos perdidos. A taxa de desemprego na UE encontra-se em mínimos históricos (5,9%). 

As razões para o aumento das falências prendem-se com a guerra vivida na Ucrânia, o que acaba por contaminar consideravelmente o clima económico nos países vizinhos. Os Países de Leste, que em tempos foram apelidados de “tigres europeus”, encontram-se economicamente estagnados, havendo mesmo alguns em recessão. Contudo, o principal fator é o aperto da política monetária do BCE e dos Bancos Centrais dos Países de Leste, o qual tem feito subir consideravelmente os custos de financiamento destas empresas. Na sua maioria, não conseguem transmitir estes custos para o consumidor final. 

Em Portugal a situação é diferente e até houve uma redução de 2,8% do número de falências no período compreendido entre Abril e Junho. 


Fonte: Eurostat

Autor: Departamento de Gestão de Ativos (DGA)