O prémio de risco da dívida italiana face à Alemanha para o prazo a 10 anos recuou para perto dos 120 pontos base, o valor mais baixo desde outubro de 2022. Nos últimos meses a dívida italiana tem registado uma evolução favorável, impulsionada pelo otimismo em relação ao desempenho da sua economia. Não sendo brilhante, na última semana o ministro das finanças italiano anunciou que a economia italiana deverá crescer 1,0% em 2024, é a taxa mais alta entre as três maiores economias da Zona Euro.

As yields italianas também têm beneficiado do posicionamento dos investidores que começam a antecipar cortes nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu e encontram na dívida italiana a possibilidade de obterem um acréscimo de rendimento. No entanto, a Itália ainda enfrenta alguns desafios. O défice orçamental em 2023 atingiu 7,2% do PIB e o governo espera apenas cumprir o critério de 3% em 2026. Além disso, a agência de rating Fitch estima que a dívida italiana deverá situar-se nos 140,6% do PIB no final de 2024.

Apesar dos sinais positivos, os desafios orçamentais para cumprir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que voltam a vigorar após o período extraordinário que resultou da Pandemia, afiguram-se exercícios de elevado grau de resolução.



Fonte: Bloomberg / DWM 

Autor: Direção de Wealth Management (DWM)